TRABALHANDO A GEOGRAFIA
Sugestão de abordagem
O conto A dama espanhola se passa na Península Ibérica, mais precisamente na região da Andaluzia.
Uma rica possibilidade de abordagem interdisciplinar é explorar a geografia do local e a relação espacial com o Brasil.
Como citam os Parâmetros Curriculares Nacionais, a relação da Geografia com a Literatura tem sido redescoberta e, nessa relação, a literatura pode fornecer um interessante material para se iniciar o estudo da Geografia, por estimular a curiosidade dos estudantes.
Sugerimos a seguinte atividade:
a) Após contar a história, o professor escreve no quadro os nomes de cidades e regiões, ou qualquer outra referência geográfica citada na história, como o nome de um mar. As referências são:
- Cidades: Sevilha, Saragoça.
- Regiões: Andaluzia, Aragão, sul da Espanha.
- Mar: Mar Mediterrâneo.
b) Para a próxima etapa, o docente deve trazer um mapa-múndi e um mapa da Espanha que mostre algumas regiões e cidades, em especial as presentes na história. Em anexo trazemos algumas sugestões de mapas.
c) Os alunos então localizam no mapa as cidades e regiões da narrativa. Uma vez reconhecidas as referências geográficas da história, as crianças podem localizar e anotar outros nomes de que já tenham ouvido falar, como a cidade de Madri, por exemplo, a atual capital espanhola.
d) Por fim, o professor compara a localização da Espanha com a do Brasil, e já introduz o assunto de continentes, estabelecendo o Brasil no continente americano e a Espanha, no europeu. Vale a pena explorar outros aspectos dos mapas, como os nomes dos mares e oceanos.
Essa atividade treina nas crianças a habilidade de perceber as referências a cidades e regiões que são feitas na narrativa e já inicia o trabalho com mapas, que acompanhará os estudantes até o final do Ensino Médio. Sugerimos o uso de Mapa-mundi, um mapa da Europa e um mapa com as regiões da Espanha.
Orientação pelo Sol
A estrela do sonho da personagem Lucas contém oito pontas. Destas, quatro representam os pontos cardeais – norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O). As outras quatro são os pontos colaterais – nordeste (NE), noroeste (NO), sudeste(SE) e sudoeste (SO).
Como mostra a historinha, usando o Sol como referência, é possível identificar os quatro pontos cardeais e os colaterais. Sabemos que o Sol nasce sempre no mesmo lado, chamado de nascente, que fica no leste. O lugar onde ele se põe é conhecido como poente, que fica no oeste.
Para trabalhar esse tema sugerimos que o professor realize uma atividade prática. Com ela o docente estará unindo a literatura e a geografia, e treinando nos estudantes a habilidade de reconhecer os referenciais espaciais de orientação e localização.
Etapas:
a) Escolha um dia ensolarado e leve os estudantes para o pátio da escola, em um lugar onde seja possível avistar o Sol. Antes, certifique-se da direção onde o Sol nasce.
b) Peça para os estudantes se posicionarem com o braço direito esticado na direção do nascente. Se a aula for à tarde, você pode pedir para eles se posicionarem com o braço esquerdo para o lado onde o Sol irá se pôr.
c) Explique que à frente deles está o norte, e atrás, o sul.
d)Para identificar os outros pontos cardeais, você pode desenhar uma rosa dos ventos de giz no chão, e explicar que o nordeste fica entre o norte e o leste; o sudeste, entre o leste e o sul; o sudoeste, entre o sul e o oeste; e o noroeste, entre o norte e o oeste.
e) Para verificar se eles assimilaram o conteúdo, deixe marcado na rosa dos ventos apenas o leste, e posicione um objeto em diferentes direções da rosa dos ventos. Pergunte a cada aluno em que direção está o objeto.
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